O Mercado de Varejo é sem dúvida
nenhuma o mercado que mais demanda novidades e/ou novas maneiras de se
incrementar o clássico de suas atividades “Vender Mais, para Lucrar mais”.
A latente necessidade de “Vender
Mais” impulsiona o varejo nas mais diversas direções em um mercado globalizado
onde o Marketing se torna um clássico segmento de “Manada” e, globalmente,
apenas alguns criam. E muitos outros acabam complacentemente seguindo este
movimento, sem mesmo entender porque ou que está sendo feito. Em uma aspiral, muitas vezes, invertida onde
gigantes esforços levam os resultados financeiros a um pífio ponto ao fim de
uma jornada inócua.
Em certo momento surgem alguns
movimentos que realmente merecem crédito, principalmente, se entendermos para
que foi direcionado e sobre uma ótica mais oblíqua de análise para quem ele foi
criado.
O Crediário Digital é um
movimento genialmente criado quando analisamos seu Mercado alvo. Um Mercado
Fundamental à economia mundial e que, no Brasil, representa a maior contenção
de potencial de consumo. Devemos lembrar, ainda, o conceito lúdico dos carnês
tradicionais que foram a base do crescimento do varejo durante décadas
consecutivas.
Para os usuários do cartão de
crédito. O crediário digital pouco vai influenciar, principalmente porque
transfere para o tomador desta modalidade de crédito todos os encargos, juros,
taxas e demais fatores de risco que necessitam ser atenuados. Quando no cartão
de crédito todos estes encargos ficam por conta e responsabilidade da entidade
de varejo. Somente neste quesito o varejo já sai ganhando muito, na casa dos
bilhões anualmente.
Sendo nossa capacidade mental
suficiente para vislumbrarmos o que existe por trás desta modalidade com
aparência inocente e uma eficácia tão profunda em seu contexto verdadeiro.
Diremos.... Kasparov arquitetou este movimento sequencial quase que perfeito.
O crediário digital sacia o
desejo do terceiro maior mercado de consumo no Brasil, mercado que possui maior
potencial de aquisição de bens de conforto e equiparação social.
Estamos falando dos
‘desbancarizados’, dos que têm cartões de crédito com limites muito pequenos,
dos que preferem deixar o cartão de crédito para uma emergência, dos que
possuem um cartão de crédito originado nas relações de afinidade e/ou os que
entendem que se tiverem problemas de incapacidade financeira momentânea o
crediário digital não vai afetar a funcionalidade de seu cartão de crédito.
Crediário Digital é um movimento
irreversível. Estrategicamente perfeito, mas com uma armadilha poderosa aos que
seguem este caminho no conceito de “Manada”. A análise de crédito usada
atualmente para outras formas de fornecimento de crédito é superficial, fraca e
incapaz de aquilatar perfeitamente o comportamento sócio financeiro dos novos
mercados ou aos mercados derivativos agregados a este produto.
Para que o sistema de Crediário
Digital se torne uma revolucionária forma de vender, caracterizando-se como um
performático retorno vintage aos carnês de pagamento deve-se agregar ao
processo uma Inteligência mais que inerente e um modelo Cognitivo capaz de
mensurar perfeitamente o potencial de cada indivíduo do sistema. Evitando assim
que o sistema venha a contracenar com os riscos de uma potencial degeneração de
mais uma solução genialmente criada, mas que necessita de uma evolução em seus
bastidores.
Pois já não bastam os dinossauros
que foram extintos por algo que vinha de longe e não parecia perigoso. O
Crediário Digital não pode correr este risco.
Flávio Oliveira,
Diretor de Desenvolvimento e Tecnologia da 4Mooney Tecnologia e Inovação para o
Mercado Financeiro