Com iniciativas gratuitas em que os alunos ainda recebem bolsas de estudos, o objetivo é auxiliar o país - que hoje tem cerca de 200 mil vagas de trabalho abertas apenas no segmento
Um dos grandes problemas que assola empresas de todo o Brasil, é a falta de mão de obra qualificada na área de Tecnologia da Informação (TI). Estima-se que no país, existem cerca de 200 mil postos de trabalho abertos, e que até 2024, a área necessitará de aproximadamente 420 mil profissionais, os dados são do relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Apenas entre as integrantes do Programa de Residência para Empresas do Biopark - parque tecnológico localizado em Toledo, Oeste do Paraná - no momento, cerca de 70% das vagas em aberto são para a área.
Com
o crescimento da modalidade de trabalho remoto, impulsionado pela pandemia, a concorrência por profissionais do segmento tornou-se ainda mais acirrada. “A pandemia exacerbou algumas coisas que muito se falava, mas de fato, pouco se via acontecer, como, por exemplo, o trabalho remoto. Com essa situação, a disputa pela mão de obra, que até então era regional, se tornou mundial. Hoje, o profissional pode trabalhar de sua casa recebendo em libra esterlina, euro ou dólar”, destaca Victor Donaduzzi, diretor do Biopark Educação.
Tendo
o objetivo de contribuir com o mercado de trabalho, auxiliando no preenchimento
das vagas, principalmente com a alta demanda regional, impulsionada também pela
atração de empresas de TI em seu ecossistema, o Biopark tem apostado
na educação como diferencial competitivo e fomentado importantes oportunidades
gratuitas para formação de profissionais de TI.
Entre
os projetos conduzidos estão o “Biopark Connect”, com foco na formação de
pessoas na área de TI para rápida inserção de novos profissionais no mercado de
trabalho. O curso, inédito e gratuito, teve uma seleção com mais de 1.200
candidatos e iniciou no mês de agosto. Além de não pagarem pelo curso,
os 48 alunos selecionados ainda recebem bolsas de estudos
de até R$ 1 mil mensais, como apoio financeiro durante os seis meses de
duração das aulas. O intuito é que ao fim do curso os participantes saiam
empregados e possam atuar como programadores. “É um curso muito denso, são 7
horas de aula por dia, ou seja, uma carga de 900 horas. O participante vai ter
o conhecimento necessário para trabalhar na área de programação”, explica
Victor.
Outra
iniciativa é o “Do Zero ao Um”, que segue o modelo
do Biopark Connect, ofertando um curso gratuito, onde os alunos
recebem para estudar, com bolsas de estudos. O curso
é uma parceria com o IFPR (Instituto Federal do Paraná) Campus Assis
Chateaubriand e oferece formação inicial na área de
Programação de Sistemas a jovens de 14 a 18 anos. No
total, 48 jovens foram selecionados, contando com bolsas de
estudo de R$ 300,00, para os 20 melhores colocados no processo seletivo, e
de R$ 200,00 do 21º ao 48º colocados. As aulas iniciaram no dia 16 de
setembro e vão durar três meses.
Além
da formação, os cursos promovem a interação dos alunos com empresas da área de
TI na região, como é o caso da Maxicon Sistemas que participou
de um bate-papo com os alunos do Biopark Connect, por meio
da sócia fundadora, Anaide Holzbach. “A tecnologia é uma das
ferramentas que permite a maior mobilidade social que a gente conhece. Os
alunos que entraram aqui estão em um momento muito interessante e importante.
Queremos ver esses jovens trabalhando nas empresas do Biopark”,
destaca.
Outras
iniciativas
Ainda
na área de TI, o Biopark também realiza cursos de curta
duração relacionados a temas como desenvolvimento de software, Agile Code,
Java, entre outros; bem como possui o curso de Análise
e Desenvolvimento de Sistemas,no Biopark Educação. Após dois anos e
meio de curso, o aluno pode ingressar no mercado, ou caso opte por
avançar seus estudos, ao cursar mais um ano e meio, é
contemplado com o diploma de engenheiro de software.
Dentre
os projetos, o parque ainda estuda a criação de um “Clube de Programação” para
despertar em crianças o encantamento pelo segmento. Hoje, o empreendimento
realiza um projeto com crianças e jovens, o Clube de Ciências. As aulas
permitem o contato com conteúdos nas áreas de física, química,
matemática, biologia, tecnologia e robótica, atrelados sempre à
cooperação, criatividade, inovação e pesquisa. Para quem tenha interesse
em conhecer os cursos ofertados pelo Biopark Educação, pode acessar o
site www.biopark.com.br/educacao ou, entrar em
contato no WhatsApp
(45) 99116-2748.