Ação “Se você estivesse aqui...” conta com projeções que exibem dados de desaparecidos e desmistificam ideias que podem prejudicar as buscas
Já faz parte do imaginário popular a ideia de que só é possível reportar um desaparecimento depois de 24 horas, mas poucos sabem que isso é um mito e que pode até atrapalhar as investigações. Informações como esta, além da sensibilização sobre a dor de famílias que vivem com o luto interminável que é ter um familiar desaparecido, fazem parte da campanha “Se você estivesse aqui...”, realizada pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) por meio de sua Divisão de Desaparecidos, que começou no início do mês de setembro.
A data marca o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimento Forçado, instituída pela ONU e celebrada pela primeira vez em 2011, que inspirou a campanha sobre as pessoas desaparecidas do próprio município. Atualmente, a Divisão tem um cadastro com 2.629 alertas de pessoas desaparecidas.
Os Shoppings Light, Morumbi Town, Top Center e Mais participam da campanha disponibilizando seus paineis de mídia de led, exibindo dados de desaparecidos. O Shopping Light conta também com iluminação do empreendimento na cor laranja, tom utilizada internacionalmente por forças de busca e resgate para identificar suas equipes e também facilitar a localização de vítimas durante um salvamento. A participação da Gazit Brasil na campanha é mais uma ação social englobada pelo “Todos Por Um” que concentra todas as ações sociais dos shopping centers do grupo.
“Apoiar esta causa é cumprir nosso papel social, em nossos shoppings passam milhares de pessoas por dia e que muitas vezes não possuem conhecimento sobre a gravidade do tema e de como é preciso parar e refletir sobre o assunto. Queremos conscientizar.“diz Rhuann Destro, Gerente de Marketing Corporativo na Gazit Brasil.
O que fazer em caso de desaparecimento de familiar
Na cidade de São Paulo, a Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos está pronta para ajudar, desde o momento em que a família perde o contato com a pessoa desaparecida. "O tempo é um fator importante para a resolução dos casos. Quanto antes procurar ajuda, maiores são as chances de reencontro, especialmente quando se trata de desaparecimento forçado ou involuntário", revela Darko.
De acordo com ele, a família precisa primeiro tentar esgotar todos os meios de contato possíveis, assim que notar alguma anormalidade no padrão de rotina da pessoa e, se ela não estiver onde deveria estar, sem deixar aviso, deve ser registrado um Boletim de Ocorrência imediatamente, na delegacia mais próxima ou pela internet https://www.ssp.sp.gov.br/nbo. Lembrando que não há necessidade de esperar 24 horas.
Após a abertura do BO, ainda na internet, deve ser preenchido o formulário para registro de dados da pessoa desaparecida, no endereço eletrônico: Formulário de cadastramento | Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania | Prefeitura da Cidade de São Paulo. A partir daí, a divisão entra em cena iniciando uma busca pela rede de informações que conecta vários serviços municipais.
A Divisão de Localização Familiar atende pelo whatsapp (11) 97549-9770, ou e-mail: desaparecidos@prefeitura.sp.gov.br. Também há um Posto Avançado no centro de São Paulo.
Alerta de pessoas desaparecidas no metrô
A SMDHC conta com convênios, firmados com as concessionárias Companhia do Metropolitano de São Paulo, ViaQuatro e ViaMobilidade, para exibir alertas que destacam fotos e nomes de desaparecidos e o telefone do serviço municipal de localização. Veja aqui informações de pessoas desaparecidas que já foram exibidas pela parceria.
Os alertas podem ser vistos na TV Minuto, que é transmitida em centenas de monitores dentro dos vagões das linhas 1-Azul (Jabaquara - Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena - Vila Prudente) e 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera - Palmeiras/Barra Funda). Além disso, passageiros que utilizam as Linhas Amarela e Lilás do Metrô também podem ver as informações, nas telas que ficam nas estações destas linhas.