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Aparelhos auditivos ou cirurgia: qual é a melhor opção?

Especialista explica as indicações para cada caso e ressalta a importância de buscar auxílio especializado ao surgirem sintomas de perda auditiva

Uma boa audição faz toda a diferença para que se tenha a melhor qualidade de vida possível. Assim, diagnosticar precocemente qualquer alteração ou perda desse sentido é fundamental para evitar que o problema aumente, uma vez que a deficiência pode piorar com o passar do tempo. Na busca pela reconexão com os sons, há algumas opções: implante coclear (popularmente conhecido como “ouvido biônico”), aparelhos auditivos (também chamados de próteses) ou até mesmo cirurgias. Mas, afinal, qual é a melhor opção?

Em primeiro lugar, é importante distinguir a intensidade e as causas dessa perda. Lesões no ouvido, envelhecimento, fatores genéticos, exposição a barulhos fortes e constantes, infecções e lesões na cabeça são apenas algumas das condições que podem prejudicar a audição. Por isso, antes de investigar qual é a melhor solução, é fundamental procurar um especialista.

“Antes de se pensar em uma cirurgia ou no próprio implante coclear, deve-se verificar se não existe nenhum outro tipo de alteração que possa estar contribuindo para essa perda auditiva”, ressalta Márcia Bonetti, fonoaudióloga e responsável técnica da Audiba, empresa paranaense de aparelhos auditivos. “Seja em uma criança ou adulto, sempre temos que considerar o histórico desse paciente e, se necessário, realizar uma série de exames complementares para investigar a causa. A partir disso, pensamos nas possíveis soluções”.

Perfuração da membrana timpânica, infecções recorrentes (sobretudo em crianças) e até mesmo doenças são alguns casos para os quais o tratamento é realizado diretamente por meio de cirurgias ou medicamentos. A maioria dos procedimentos são feitos através do canal auditivo com uso de microscópio ou com um pequeno corte na parte de trás da orelha.

Márcia explica que alterações específicas de perda de audição são tratadas com procedimentos adequados para cada caso, como uma reconstrução de membrana timpânica ou colocação de um tubo para ventilação. Isso também vale para quadros de doença, quando são usadas técnicas especializadas. No caso da otosclerose, por exemplo, condição que degenera o osso que forma o ouvido interno, o estribo é substituído por uma prótese que recupera a audição.

Já para situações em que não há, inicialmente, a recomendação cirúrgica, o indicado é iniciar o uso da prótese. Trabalhando com a amplificação sonora, o paciente é submetido a um período de avaliação para verificar o progresso da audição.

“Após a avaliação de um especialista e o descarte das causas iniciais, colocamos o paciente em teste com o aparelho para apurar qual é o tipo de resposta que ele está tendo, se está ouvindo e apresentando melhora. Caso não apresente nenhuma resposta positiva, aí encaminhamos para um implante ou para uma investigação mais profunda”, afirma a fonoaudióloga da Audiba.

Márcia ainda reforça a importância de consultar especialistas e realizar exames de audiometria regularmente. Caso seja necessário, o profissional solicitará mais exames e irá recorrer ao auxílio de outras especialidades para tratamento.

  

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