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Novas tecnologias e digitalização acelerada são desafios a mais para cibersegurança

A cada 10 brasileiros, sete temem ataques hackers para fraudes ou espionagem, de acordo com dados da pesquisa World Affairs
Créditos: Freepik

 2021 encerra com maior registro de ataques de hackers da história; confira 10 medidas de prevenção que ajudam na proteção digital

E-mails de spam, links suspeitos e golpes bancários. A internet está repleta de perigos que podem colocar a privacidade e os dados pessoais em risco. Desde o início da pandemia de covid-19, o cenário da cibersegurança vem enfrentando constantes desafios em se adaptar às novas demandas da digitalização acelerada, ao mesmo tempo em que novas ameaças aparecem. O ano de 2021 encerrou com o maior registro de ataques de hackers da história e, para 2022, especialistas traçam um caminho ainda mais complexo para a segurança cibernética de empresas de todos os portes e setores.

No mar de possibilidades que a internet oferece, navegam mais de 4,66 bilhões de usuários, segundo estudo divulgado pelo Cuponation com base em dados do site Statista. Pelo celular, tablet ou computador, fazemos compras, conversamos com amigos, interagimos, ouvimos músicas, assistimos a vídeos, lemos notícias e pesquisamos. E com tanta gente na rede – 59,5% da população mundial, o interesse de cibercriminosos cresce ainda mais. A cada dia de 2021, a empresa de defesa cibernética Kaspersky identificou 380 mil novos arquivos de malware e softwares maliciosos na internet, uma alta de 5,7% em comparação ao ano anterior. 

Os criminosos inventam um novo truque a todo momento. Durante a pandemia, o número de golpes aplicados pela internet aumentou expressivamente. Segundo o Serasa Experian, a cada oito segundos, um brasileiro sofre uma tentativa de fraude. Nessa perspectiva, foram mais de 150 milhões de vítimas no Brasil em 2021 do phishing, golpe virtual que engana as vítimas com sites e aplicativos falsos que se passam por empresas ou pessoas famosas. A estimativa é do DFNDR Lab, laboratório especializado em cibersegurança da PSafe. "As práticas para roubo de dados continuam quase as mesmas, o que muda é o nível de sofisticação. Estabelecer a segurança digital tanto no âmbito pessoal quanto de trabalho, se tornou algo essencial", diz o gerente de Infraestrutura do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Alessandro Nowicki.

Internet mais segura

A cada 10 brasileiros, sete temem ataques hackers para fraudes ou espionagem, de acordo com dados da pesquisa World Affairs, realizada pelo Instituto Ipsos. Nos celulares, alguns criminosos aproveitam a popularidade de determinados aplicativos para criar programas falsos com nomes semelhantes que monitoram as atividades dos usuários e instalam aplicativos para capturar dados pessoais e bancários. "Aquecimento, consumo excessivo de bateria, lentidão repentina, propagandas e pop-ups no navegador são algumas das situações que indicam que o celular pode estar infectado", sinaliza Alessandro.

As conexões digitais se multiplicam e formam teias cada vez mais emaranhadas de novas tecnologias. Isso faz com que os processos necessários para gerenciar e manter toda essa rede, inclusive a segurança cibernética, também se tornem mais complicados. Para 77% dos líderes brasileiros, as organizações se tornaram complexas demais para serem protegidas. No mundo, as empresas destinaram apenas 25% do orçamento de Tecnologia da Informação (TI) para segurança cibernética em 2021. E no Brasil, 83% das organizações preveem um aumento nos gastos cibernéticos em 2022, em comparação com 69% no mundo. Os dados são da pesquisa Digital Trust Insights 2022, realizada entre julho e agosto de 2021 pela PwC Research. 

Para manter a internet mais segura e livre de invasores, existem algumas configurações e medidas simples que podem ser adotadas. A aplicação dessas dicas pode aumentar consideravelmente a confiabilidade da conexão de residências e empresas. A maioria dos ajustes de segurança está presente nos roteadores domésticos, o que facilita a implementação dessas ferramentas. Alessandro salienta que "usar senhas mais fortes, observar o padrão de criptografia e adicionar redes para convidados são alguns dos passos que podem fazer com que você não tenha mais problemas com acessos não autorizados à internet da sua casa".

A pandemia restringiu a circulação de pessoas nas ruas, mas elas continuam caminhando em ruelas virtuais nem sempre tão seguras e bem sinalizadas. "A internet faz parte do mundo, criando uma imensa rede de conexões. Vivemos conectados boa parte do tempo, com pessoas, objetos e instituições, e todos cada vez mais presentes em nosso cotidiano. E a internet é fruto do que fazemos com ela, por isso, cada um de nós pode contribuir ao ser um usuário responsável”, enfatiza o gerente.

Dicas para ficar seguro

Confira a seguir as principais medidas práticas de prevenção, na percepção de Alessandro Nowicki, para manter tanto empresas quanto residências protegidas dos riscos de ataques e incidentes de segurança da informação:

1 - Mantenha o computador, antivírus e firewall atualizados.

2 - Use um gerenciador de senhas. 

3 - Tenha cautela com wi-fi pública.

4 - Não instale softwares e aplicativos suspeitos.

5 - Cuidado ao clicar em links em redes sociais e e-mail.

6 - Acesse sites com certificado de segurança.

7 - Desconfie de ofertas muito generosas.

8 - Ative a autenticação em duas etapas.

9 - Faça backup de arquivos.

10 - Evite divulgar informações pessoais.

Sobre o ICI

O ICI – Instituto das Cidades Inteligentes é uma organização criada em 1998, com atuação em todo o território nacional, referência em pesquisa, integração, desenvolvimento e implementação de soluções completas de TIC para a gestão pública. Mais informações: www.ici.curitiba.org.br.

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