Estudantes das seis unidades da Rede Vitória Régia participam de feiras de empreendedorismo

Em parceria com o Sebrae no DF, a rede de ensino apresentou os resultados do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP)

Foto: Pedro Oliveira.

Com o objetivo de despertar o espírito empreendedor em estudantes do ensino fundamental I, a Rede Vitória Régia realizou, nos dias 11 e 18 de novembro, as feiras do empreendedor nas seis unidades de ensino: 1 e 2, 4 e 6 de Vicente Pires, unidades 3 e 5 de Águas Claras e Riacho Fundo, respectivamente. Os eventos fazem parte do encerramento anual do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), executado ao longo do ano para mais de mil estudantes da instituição, em parceria com o Sebrae no DF.

A diretora pedagógica do Vitória Régia, Priscila Madureira, explicou que o projeto JEPP, voltado para o desenvolvimento de habilidades e competências empreendedoras, é realizado pela instituição há quase 10 anos, tendo conquistado a edição de 2015 do Prêmio MPE Brasil, oferecido pelo Sebrae.

“Somos uma das escolas pioneiras a trabalhar com atividades do JEPP no Distrito Federal. É um projeto que deu muito certo e agradou educandos, professores, familiares e comunidade. Durante o ano, os pais fazem doações, patrocinam e incentivam a participação dos filhos”, afirmou Priscila.

Para a diretora, a educação empreendedora melhora o autoconhecimento, a criatividade, o espírito de coletividade e a inteligência emocional. “Com apoio dos professores, os estudantes decidem quais produtos e serviços vão desenvolver, escolhem os nomes das lojas, as cores, as logomarcas, os preços e montam a equipe conforme as habilidades de cada um”, comentou.

Vanessa Gonçalves, coordenadora pedagógica do maternal ao 3º ano da unidade 1 de Vicente Pires, detalhou as temáticas abordadas pelos anos iniciais durante a feira, que aconteceu no último sábado (18/11). O 1º ano trabalhou com as “Ervas Aromáticas”, o 2º ano expôs “Temperos Naturais”, e o 3º ano apresentou a “Oficina de Brinquedos Ecológicos”.

“É muito gratificante ver que os estudantes identificam as necessidades da sociedade para apresentar soluções e ideias inovadoras. A turma do primeiro ano, por exemplo, fez uma mini feira para treinar e não fazer feio na hora de atender os clientes. Os gestores e professores, os educandos, os pais e o Sebrae no DF estão de parabéns”, declarou Vanessa.

Os 4º e 5º anos trabalharam produtos e alimentação que exaltavam as regiões brasileiras. “Nós temos muito carinho pelo programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos porque ele desenvolve nas crianças um olhar diferenciado em relação às finanças. Eles passam a ter um contato mais responsável com o próprio dinheiro”, reforçou Raquel Sanglard, coordenadora pedagógica do 4º e 5º ano.

As riquezas da região Norte se destacavam na loja “Norteando”, das turmas do 4° ano, sob a supervisão da professora Samantha Brito. “Trabalhamos com produtos inspirados no artesanato do Norte feitos a partir de miçangas de madeira, entre eles colares, pulseiras e brincos. Também fizemos geleias e panos de pratos com desenhos da região. O JEPP é um importante projeto que ajuda a identificar oportunidades e concretizar sonhos”, disse Samantha.

O estudante do 2° ano A, Samuel Sousa Ramos, 8 anos, estava como gerente da loja de temperos naturais. “Aprendi muito com esse projeto. Como gerente, eu estava auxiliando no atendimento ao cliente, conferindo o fluxo do caixa, se o troco estava certo, gostei bastante”, falou.

Já para Sarah Trancoso, 9 anos, foi uma oportunidade muito boa essa experiência de poder criar uma empresa. Estudante do 3° ano A, ela participou do grupo que ficou responsável pela venda de brinquedos de materiais recicláveis. “A gente ajuda a preservar o meio ambiente enquanto desenvolvemos nossa criatividade. Também vamos ajudar uma instituição de caridade com a doação de parte do dinheiro arrecadado na feira”, revelou Sarah.

Os pais também comemoram ao presenciarem os resultados obtidos pelos filhos. Andrea Irema Everton é mãe do Miguel Everton, 8 anos, do 2° ano A, diagnosticado com autismo grau 2. Durante a feira, Miguel estava no caixa.

“É emocionante vê-lo no caixa, interagindo com os colegas e com os clientes. Ele estava bem ansioso para participar da feira, ajudou na produção dos temperos e com a venda das rifas. A iniciativa promoveu a inclusão escolar do Miguel”, contou Andrea.

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