Segundo o último relatório de prestação de contas realizado pelo Observatório Social de Uberlândia, 59% das licitações da prefeitura não foram fechadas com fornecedores do município, valor que corresponde a mais de R$ 77 milhões, uma diferença de mais de 23 milhões em relação aos negócios fechados com empresas locais.
Um levantamento realizado entre maio e agosto deste ano
revelou a baixa participação das empresas locais nos processos licitatórios da
cidade.
Segundo o último relatório de prestação de contas realizado
pelo Observatório Social de Uberlândia, 59% das licitações da prefeitura não
foram fechadas com fornecedores do município, valor que corresponde a mais de
R$ 77 milhões, uma diferença de mais de 23 milhões em relação aos negócios
fechados com empresas locais. Neste mesmo período, 77% das compras da Câmara
Municipal também foram vencidas por empresas de fora da cidade, algo em torno
de R$ 116 mil, o que representa uma diferença de mais de R$ 81 mil em relação
às transações com empresas locais.
A alta adesão de outras regiões nessas licitações deve-se à
facilidade de sua participação remota, já que 92% dos processos são realizados
na modalidade de Pregão Eletrônico.
O OSB Uberlândia é uma entidade sem fins lucrativos que
realiza o monitoramento dos gastos públicos da cidade desde 2015. De acordo com
seu presidente, Marco Aurélio de Freitas Santos, a partir de uma metodologia
padronizada, é possível fiscalizar desde a publicação do edital até a entrega
do produto ou serviço. “Todo esse trabalho é realizado de forma voluntária e
tem como objetivo dar mais transparência e qualidade aos gastos públicos”.
Ainda segundo ele, a baixa adesão dos empresários locais é
reflexo da burocracia e pouca informação sobre o tema. “Muitas empresas da
cidade estão aptas a vender para a administração pública, mas não o fazem por
desconhecer a legislação atual e as oportunidades disponíveis. Com a Nova Lei
de Licitações, várias normas foram atualizadas e unificadas e o processo foi
digitalizado com o objetivo de facilitar a participação de mais segmentos,
independente do nicho, porte ou segmento”.
Para o presidente da CDL, Cícero Heraldo Novaes, esse
controle social é essencial para conscientizar as empresas locais sobre a
importância de conhecer e participar dos processos de compras governamentais.
“Processos licitatórios são excelentes oportunidades para fortalecer a economia
da região. Eles movimentam mais recursos dentro da cidade, aumentam a
competitividade, impulsionam pequenos negócios, geram mais empregos e renda e
contribuem para a queda da informalidade”.
Tem dúvidas sobre como participar de processos
licitatórios?
No próximo dia 30 de outubro, às 14h, acontecerá mais um
encontro da série de mentorias online e gratuitas promovidas pelo Observatório
Social do Brasil, em parceria com Portal BBMNET Licitações, administrado pela
Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM).
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contratações públicas e a Nova Lei de licitações. Você também pode acessar as
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