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Hermeto é absolvido pelo TJDFT pelas críticas que fez a PMs que protagonizaram beijo gay no dia da formatura

Foto: Deputado Distrital Hermeto - Assessoria de Comunicação ASCOM / Divulgação

Uma das vozes mais ativas em defesa da Polícia Militar do DF (PMDF), o deputado distrital Hermeto, do MDB, foi absolvido pela 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF e Território (TJDFT) no caso em que ele foi acusado de homofobia por ter criticado a postura de policiais militares que protagonizaram beijo gay durante a solenidade de formatura do curso de formação da corporação em 2020.

O distrital havia sido condenado em primeira instância, mas com a decisão da 2ª Turma, ele fica livre da pena de 2 anos de reclusão e da multa de R$ 50 mil.

Hermeto foi processado por comentar em um grupo de conversas de aplicativo composto por policiais uma foto onde dois casais se beijam. Na ocasião, o distrital disse que o ato dos formandos, junto com seus respectivos companheiros, se tratava de uma ‘pederastia’.

A repercussão do beijo gay protagonizado pelos dois casais teve uma enorme repercussão, tanto entre os PMs como para o público geral. Dentro da corporação, o gesto dos policiais novatos foi muito criticado.

Antes da decisão da 2ª Turma, Hermeto, por diversas vezes, se manifestou que não era homofóbico e que as críticas feitas foram motivadas pelo fato de os policiais estarem fardados e por querer protestar justamente numa solenidade de grande relevância para a instituição como a formatura de novos PMs.

“Não sou e nunca fui homofóbico. Todas as considerações que fiz sobre o caso foram após os próprios envolvidos terem, publicamente, por meio das redes sociais, feito postagens como uma forma de protesto durante a formatura da Polícia Militar, quando estavam vestidos com traje de gala. Na oportunidade, fui procurado por vários integrantes da corporação, que cobravam meu posicionamento a respeito do ocorrido. Então, apenas critiquei o ato realizado por policiais fardados, pois as regras da PMDF proíbem protestos e atos assemelhados”, alegou.

Advogado do deputado, Thiago Machado ressaltou que o parlamentar, como representante dos militares na Câmara Legislativa (CLDF), “somente se manifestou após o assunto ter se tornado público e o fez atendendo a pedido de vários policiais que não concordavam com a postura” dos casais da foto.

“Vários outros parlamentares do DF também se manifestaram a respeito do caso, justamente porque o debate alcançou as redes sociais e a sociedade. Da parte de Hermeto, houve apenas uma crítica em um grupo privado, jamais crime, pois nenhum ato de discriminação ou segregação foi praticado”, sustentou a defesa.

Vale destacar que outros parlamentares também teceram críticas aos dois casais, porém, somente Hermeto foi processado por suas declarações.

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