
Recentemente, o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, afirmou em entrevista ao programa CB.Poder que a expansão do metrô de Samambaia seria fruto da "boa vontade" do presidente Lula para com a população de Brasília, uma suposta prova de afeto pela cidade. Essa declaração merece um contraponto claro e objetivo

por Paulo Melo*
Primeiramente, é essencial destacar que os R$ 400 milhões contratados para a expansão do metrô não são uma doação do governo federal. Trata-se de um empréstimo firmado entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujas parcelas serão pagas ao longo de muitos anos pela população do DF. Essa é uma obra de grande relevância, mas atribuir sua realização à "boa vontade" do presidente é uma simplificação que ignora o histórico de planejamento e trabalho envolvido.
A expansão do metrô para Samambaia e Ceilândia é um projeto antigo, cuja execução envolve diversos setores da administração pública distrital. Ainda em 2019, durante gestão anterior, foram tomadas as medidas necessárias para avançar nesse empreendimento. O fato de o financiamento ter sido aprovado agora é apenas uma questão de timing e não transforma o chefe do Executivo nacional em um benfeitor exclusivo. Caso qualquer outro presidente estivesse no cargo, a assinatura do contrato de empréstimo também poderia ter ocorrido.
Outro ponto que merece destaque é que o presidente Lula tem demonstrado, ao longo de sua gestão, pouco apreço pelo Distrito Federal. Por duas vezes, tentou retirar recursos do Fundo Constitucional do DF, medida que foi barrada pelo parlamento, com o esforço da pequena, mas combativa bancada do DF no Congresso Nacional. Esse episódio reflete que as ações do presidente não estão alinhadas com os interesses da população do DF, que depende desses recursos para manutenção de áreas essenciais, como saúde, educação e segurança pública.
O recurso será utilizado para construir duas novas estações em Samambaia, atendendo cerca de 10 mil pessoas diariamente. Além disso, outros R$ 400 milhões serão destinados pelo GDF para à aquisição de novos trens para o metrô do DF. Essa é uma obra que simboliza o sonho de muitos moradores do DF, especialmente aqueles que enfrentam as dificuldades diárias de deslocamento.
Além disso, o GDF planeja investir mais de R$ 1 bilhão em obras de requalificação de rodovias e construção de novos viadutos, como parte de um amplo projeto para desafogar o trânsito da capital e melhorar a qualidade de vida dos brasilienses.
Ao longo dos últimos anos, o governo Ibaneis Rocha tem se destacado pela sua gestão eficiente e por tirar do papel obras históricas. Mais de R$ 5 bilhões foram investidos em infraestrutura, incluindo: O túnel de Taguatinga;Viadutos no Recanto das Emas, Riacho Fundo 2, Itapoã e Paranoá, Jardim Botânico e Sobradinho; Obras de novas adutoras de água, drenagem de águas pluviais e pavimentação asfáltica.
Até 2026, o governo pretende investir outros R$ 5 bilhões em infraestrutura. Além disso, é importante ressaltar avanços nas áreas de saúde e educação. Todas as escolas do DF foram reformadas e mais de 40 novas unidades, entre creches e escolas, foram construídas. Na saúde, o GDF reformou unidades existentes, construiu sete UPAs e está fazendo mais sete, além de quatro novos hospitais e 20 UBSs.
A gestão Ibaneis Rocha também demonstra responsabilidade fiscal, garantindo crédito para captar recursos no Brasil e no exterior. Foram nomeados mais de 40 mil servidores, com aumento salarial para todas as categorias, criação de um plano de saúde para servidores e triplicação do valor do ticket alimentação. Essas ações mostram um governo que cuida das pessoas e trabalha com eficiência.
O povo do DF merece respeito e um debate transparente sobre suas conquistas. A expansão do metrô não é um favor de nenhum presidente, mas o resultado de anos de planejamento e esforço da administração distrital. Que as obras continuem e que os brasilienses possam contar com gestões comprometidas com a qualidade de vida e o progresso da região.