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As uvas exóticas que você precisa conhecer: alternativas além das tradicionais

Quando falamos em vinhos, algumas uvas vêm logo à mente, como Cabernet Sauvignon, Merlot ou Chardonnay. No entanto, o mundo da viticultura oferece uma enorme diversidade de uvas exóticas que originam vinhos finos e de alta qualidade. Muitas dessas variedades são pouco conhecidas, mas produzem rótulos renomados e apreciados por enófilos ao redor do mundo



Neste artigo, apresentamos uvas exóticas utilizadas na produção de vinhos finos, destacando suas características, regiões de cultivo e exemplos de rótulos que demonstram seu potencial enológico. Continue lendo para expandir seu conhecimento sobre vinhos únicos e surpreendentes!
1. Saperavi
Origem: Geórgia

A Saperavi é uma uva tinta autóctone da Geórgia, conhecida por sua polpa escura (teinturier) e grande capacidade de envelhecimento. Os vinhos produzidos com Saperavi são encorpados, com alta acidez e taninos marcantes, frequentemente maturados em ânforas de barro chamadas qvevri, uma técnica milenar georgiana.

Exemplos de rótulos:

Pheasant’s Tears Saperavi (Geórgia)


Tbilvino Saperavi (Geórgia)


Mukuzani Saperavi (Geórgia)
2. Chasselas
Origem: Suíça

A Chasselas é uma uva branca amplamente cultivada na Suíça, especialmente na região de Lavaux. Produz vinhos elegantes, frescos e minerais, ideais para acompanhar queijos e pratos leves. Embora também seja consumida como uva de mesa, sua importância na viticultura suíça é inegável.

Exemplos de rótulos:

Domaine Bovy Chasselas (Suíça)


Domaine de la Colombe Chasselas (Suíça)


Clos des Moines Chasselas Grand Cru (Suíça)
3. Muscat de Hambourg
Origem: França

A Muscat de Hambourg é uma uva tinta aromática, pertencente à família das Muscats. Seus vinhos são geralmente doces, com notas florais intensas e um perfil frutado envolvente. É amplamente cultivada na França, Itália e partes da Espanha para vinhos de sobremesa e espumantes.

Exemplos de rótulos:

Muscat de Hambourg Vignerons Ardéchois (França)


Domaine des Bernardins Muscat de Beaumes de Venise (França)


Muscat de Hambourg Cantine Colosi (Itália)
4. Furmint
Origem: Hungria

A Furmint é a principal uva usada na produção dos famosos vinhos doces Tokaji da Hungria. Altamente aromática e com ótima acidez, permite a criação de vinhos que envelhecem por décadas. Também pode ser utilizada na produção de vinhos secos, apresentando notas minerais e cítricas.

Exemplos de rótulos:

Oremus Tokaji Aszú 5 Puttonyos (Hungria)


Disznókő Tokaji Aszú 6 Puttonyos (Hungria)


Royal Tokaji Dry Furmint (Hungria)
5. Xinomavro
Origem: Grécia

A Xinomavro é uma das uvas tintas mais nobres da Grécia, cultivada principalmente na região de Naoussa. Seus vinhos são frequentemente comparados aos Barolos italianos devido à alta acidez e estrutura tânica robusta, o que os torna ideais para envelhecimento.

Exemplos de rótulos:

Kir-Yianni Ramnista Xinomavro (Grécia)


Boutari Grande Reserve Naoussa (Grécia)


Thymiopoulos Xinomavro Young Vines (Grécia)
6. Tannat
Origem: França / Uruguai

A Tannat é uma uva tinta originária do sudoeste da França, mas que encontrou grande sucesso no Uruguai, onde se tornou a uva emblemática do país. Seus vinhos são encorpados, ricos em taninos e possuem excelente potencial de guarda.

Exemplos de rótulos:

Bodega Garzón Tannat Reserva (Uruguai)


Pisano RPF Tannat (Uruguai)


Château Montus Madiran (França)
7. Mencía
Origem: Espanha

A Mencía é uma uva tinta cultivada principalmente na região de Bierzo, na Espanha. Seus vinhos são frescos, elegantes e cheios de notas de frutas vermelhas e ervas, lembrando em alguns aspectos os Pinot Noir da Borgonha.

Exemplos de rótulos:

Descendientes de J. Palacios Pétalos del Bierzo (Espanha)


Raúl Pérez La Vizcaína Mencía (Espanha)


Dominio de Tares Cepas Viejas Mencía (Espanha)



As uvas exóticas para vinhos finos oferecem uma nova perspectiva para apreciadores da bebida. Seja um vinho encorpado e tânico como o Saperavi, um branco fresco como o Chasselas ou um doce icônico como o Furmint, cada uma dessas uvas contribui para a diversidade e a riqueza do mundo dos vinhos.

Agora que você conhece algumas das uvas mais exóticas usadas em vinhos finos, que tal experimentar e compartilhar sua experiência? Deixe seu comentário abaixo e conte quais dessas variedades chamaram mais sua atenção!



Diogo Heleno Louzeiro
Colunista de Vinhos

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