
Está marcado: 28 de agosto será o dia em que Otoni de Paula pretende sacramentar sua entrada na corrida ao Senado. E ele não estará sozinho. Terá ao seu lado figuras que dividem opiniões, mas somam votos: Pablo Marçal, o bispo Abner Ferreira, o prefeito Eduardo Paes e milhares de simpatizantes evangélicos.
A jogada é ousada. Otoni quer repetir o feito de Crivella e Arolde, ambos eleitos com o apoio das igrejas. Mas desta vez, a fórmula se moderniza: entra em cena o marketing digital de Marçal, a mobilização de redes sociais e a narrativa de perseguição política. Ele se posiciona como alternativa para quem não se encaixa mais nem no bolsonarismo nem no petismo.
Questionado sobre o processo judicial que enfrenta, Otoni foi direto: "Se eu não resolver isso, nem pensem em votar em mim". Uma declaração de efeito que pode virar slogan, ou virar contra ele.
O certo é que a pré-campanha já começou pegando fogo. E Otoni parece disposto a incendiar a disputa no Rio com fé, estratégia e discurso afiado.