A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) divulgou um alerta: a relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços está se tornando financeiramente insustentável, e o paciente, que paga caro pelo plano, já enfrenta dificuldades para agendar exames, marcar procedimentos ou realizar cirurgias eletivas.
No manifesto “A conta que não fecha na saúde suplementar”, a
Ahpaceg destaca ainda que a defasagem na remuneração dos serviços prestados já
compromete a sustentabilidade dos prestadores e tem levado hospitais, clínicas
e laboratórios a suspenderem atendimentos por convênios, colocando em risco
toda a lógica do sistema suplementar.
De acordo com a Associação, que representa 32 instituições
de saúde goianas de alta complexidade, o modelo atual precisa ser revisto com
urgência, sob o risco de comprometer todo o sistema. Confira o texto completo.
ALERTA: A CONTA QUE NÃO FECHA NA SAÚDE SUPLEMENTAR
A relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores
de serviços (hospitais, clínicas de imagem, laboratórios e bancos de sangue)
está se tornando financeiramente insustentável, o que ameaça todo o sistema de
saúde suplementar brasileiro.
A promessa de qualidade, agilidade e inovação, que durante
anos diferenciou a saúde privada do sistema público, vem sendo minada por uma
remuneração defasada e, em muitos casos, insuficiente até mesmo para cobrir os
custos operacionais.
O resultado dessa equação perversa é sentido diretamente
por quem mais importa: o paciente.
A inviabilidade econômica tem levado hospitais, clínicas e
laboratórios a suspenderem atendimentos por convênios. É um fenômeno que, após
atingir parte dos médicos, agora alcança as instituições de saúde, colocando em
risco toda a lógica do sistema suplementar.
O paciente, que paga caro pelo plano de saúde, já enfrenta
dificuldades para agendar exames, marcar procedimentos ou realizar cirurgias
eletivas, sinais claros do risco de colapso de um sistema que deveria amparar
milhões de vidas.
É hora de encarar esse impasse com seriedade e coragem.
O modelo atual precisa ser revisto com transparência,
responsabilidade e compromisso coletivo.
A sustentabilidade da saúde suplementar exige diálogo entre
operadoras, prestadores e sociedade.
Somente com um novo pacto, que valorize quem cuida e
viabilize quem estrutura o cuidado, será possível resgatar a essência e
garantir a excelência do setor de saúde privado.
AHPACEG – Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás