O Fórum das Entidades Empresariais de Goiás (FEE) reuniu, em Goiânia, as principais lideranças do setor produtivo para discutir um tema decisivo para o futuro econômico do estado: a infraestrutura energética. O encontro ocorreu na sede da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg) e contou com a presença do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, que defendeu a urgência de ações coordenadas para assegurar o fornecimento de energia e a expansão da rede elétrica -, fatores diretamente ligados à competitividade industrial e à atração de investimentos.
Durante a reunião, o presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, apresentou o plano de investimentos da companhia, que já totaliza R$ 6 bilhões desde 2022. O montante vem sendo aplicado na ampliação da capacidade da rede, na modernização do sistema e na redução do tempo médio de interrupção no fornecimento, que, segundo ele, já caiu mais de 10 horas desde o início das operações do grupo no estado.
Para André Rocha, o tema da energia transcende a esfera técnica e se torna uma questão de planejamento estratégico e desenvolvimento econômico. “Há risco real de perda de investimentos estratégicos, como o terminal ferroviário de Nova Aurora, se não houver agilidade nas ações. Precisamos de segurança energética para garantir que Goiás continue sendo competitivo”, afirmou o presidente da Fieg.
O dirigente destacou ainda que a infraestrutura é a espinha dorsal da economia goiana, impactando diretamente a geração de empregos, a arrecadação tributária e o crescimento sustentável. Segundo ele, o alinhamento entre governo, empresas e entidades representativas é essencial para manter a confiança do investidor e permitir que o estado avance em projetos estruturantes.
Além da pauta energética, o encontro abordou temas como a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7885, que trata do Programa de Parcerias do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), e a organização da Conferência Estadual do Trabalho, coordenada pela Fieg. O Fórum também deliberou sobre a inclusão da Oktoberfest Goiânia no calendário turístico oficial da capital, reforçando a sinergia entre economia, cultura e geração de renda.
De forma on-line, a presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho e Inclusão da Fieg (CTRTI), Lorena Blanco, apresentou o projeto da II Conferência Nacional do Trabalho, detalhado por Lucas Lima, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ambos destacaram a importância da representatividade do setor produtivo nas conferências estaduais e nacional, ampliando o diálogo sobre políticas públicas de trabalho e inclusão.
O superintendente da Fieg, Lenner Rocha, reforçou o papel da entidade como articuladora do setor industrial e observou que a presença da bancada patronal nesses fóruns é fundamental para garantir que as demandas do empresariado sejam incorporadas às políticas públicas.
Também participaram do encontro Márcio Luís da Silva (Facieg), Edwal Portilho “Tchequinho”, da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial); Valdir Ribeiro, da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Goiás (FCDL-GO); Luís Alberto Pereira, do Sistema das Organizações das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB-GO); Eduardo Veras, da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg); Márcio Andrade, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO); e Rubens Fileti, da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), que acompanhou a reunião de forma remota.
Com uma pauta densa e estratégica, o encontro reforçou a importância de fortalecer o ambiente de negócios e garantir uma infraestrutura sólida para sustentar o crescimento econômico goiano nos próximos anos.

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