Encontro foi realizado no Parque Tecnológico de Brasília - BIOTIC, em correalização entre a Federação das Indústrias do Distrito Federal, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal e do Ecossistema Local de Inovação

Foto: Lula Lopes/Sistema Fibra
Nesta terça-feira (14), foi a vez do Distrito Federal receber a Jornada Nacional de Inovação da Indústria. A Capital Federal é a quinta cidade da Região Centro-Oeste a recepcionar empresários, autoridades e academia para falar de inovação. As atividades aconteceram no Parque Tecnológico de Brasília – Biotic.
Desde julho, a iniciativa percorre os 26 estados do país e o Distrito Federal, reunindo representantes do governo, da academia e do setor produtivo. A ação é uma realização da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com o objetivo de mapear as melhores práticas e soluções focadas em transformações ecológicas e digitais.
Na capital federal, o encontro é correalizado pelo Sistema Fibra, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e parceria da Biotic S.A. e do Ecossistema Local de Inovação (ELI).
Na abertura, o presidente em exercício da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Pedro Henrique Verano, destacou o valor da oportunidade de se debaterem os potenciais industriais locais e de se alinharem os rumos do desenvolvimento regional.
“A competitividade afeta a indústria por diversos fatores, por isso a necessidade de usarmos a tecnologia a favor de entregas inovadoras, com produção de qualidade e sustentável. A jornada é um caminho para fazermos isso com assertividade, com um olhar integrado da nossa cidade.”
A superintendente de Tecnologia e Inovação da FAPDF, Renata Vianna, falou da importância do diálogo dentro do ecossistema de inovação para o compartilhamento de saberes.
“Para se ter inovação, é preciso cooperação entre a rede que a promove. O evento permite que isso ocorra, com discussões que tenham impacto e resultados efetivos”, afirmou.
Até o fim da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, serão construídos documentos com propostas de inovações tecnológicas e listados os desafios identificados. Esses documentos serão levados a encontros regionais para definir o texto final, que será apresentado no Congresso Nacional de Inovação, em São Paulo, em março de 2026.
Para o superintendente do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, a Jornada Nacional de Inovação da Indústria funciona como uma ferramenta de escuta. “É o momento de ouvirmos as dores e as vitórias dos industriais e, ainda, de maneira especial, por território. Assim, será possível identificar os principais desafios e os processos de inovação que podem ser difundidos. Inovação só se torna real após a emissão de nota fiscal, quando é transformada em negócio. E é isso que buscamos: acelerá-la”, sintetizou.
A superintendente do Sebrae no DF, Rose Rainha, seguiu com o mesmo pensamento. “Inovação não acontece em laboratórios isolados. Ela floresce quando empreendedores, universidades, governo e indústrias se unem para construir o novo juntos. O DF é território de inteligência, criatividade e sustentabilidade e o nosso papel é abrir caminhos para quem faz da inovação uma aliada para crescer e gerar valor.”
O diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, Graciomário de Queiroz, destacou que inovar deixou de ser uma escolha e passou a ser uma necessidade: “É por meio da inovação que temos indústrias mais competitivas, sustentáveis e capazes de gerar desenvolvimento. O Sistema Fibra trabalha para que isso ocorra de forma efetiva: conectando empresas, promovendo capacitação e fortalecendo o ecossistema do DF”.
Também participaram da cerimônia de abertura o presidente interino da Biotic S.A., Luciano Carvalho, o coordenador-geral de Instrumentos de Apoio à Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Hideraldo Luiz de Almeida, e o secretário-executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Santana.
A indústria e o meio ambiente
Em resumo, a programação contou com dois painéis: Desafios da Transição Digital e Desafios da Transição Ecológica. Ambos foram mediados pelo superintendente do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra.
O primeiro tratou do papel da inovação e da tecnologia na transformação das indústrias. Foram abordados temas como mudança de cultura organizacional, uso pensante de inteligências artificiais, excelência na entrega de produtos e serviços com valor agregado, incentivos fiscais, apoio para pesquisas e acesso a crédito.
No segundo painel, o foco foram as experiências e práticas voltadas à sustentabilidade, economia circular e eficiência ambiental. Os participantes falaram sobre certificações, marcos regulatórios, redução de insumos que têm impacto sobre a natureza, aproveitamento total de produtos, mão de obra qualificada, atração e retenção de talentos, financiamento, fiscalização e adoção de medidas sustentáveis.

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