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Tempo seco e calor extremo: cuidados com o bem-estar dos colaboradores

Com as altas temperaturas e a qualidade do ar significativamente comprometida, trabalhadores que se expõem às condições do tempo, como os da construção civil, recebem atenção especial

Foto: Pedro Santos.

As temperaturas continuam altas e qualidade do ar tem ficado significativamente comprometida com a umidade baixa e as recentes queimadas registradas em todo o país, o que também deixa o ar mais poluído. Pensando nisso, algumas empresas reforçam ações preventivas para evitar problemas respiratórios, alergias e outras doenças entre os colaboradores que se expõem mais ao sol e às condições do tempo.

Um setor que exige cuidados especiais com o bem-estar e um trabalho reforçado com prevenção, no que se refere à saúde e segurança, é o da construção civil. O engenheiro de segurança da Brasal Incorporações em Goiânia, Raphael Chaul, conta que os colaboradores dos canteiros de obras da empresa já recebem uniformes com proteção UV e protetor solar, mas que a empresa intensificou a conscientização sobre a importância da hidratação ao longo do dia. “Também aumentamos a quantidade de bebedouros entre os pavimentos e disponibilizamos garrafas de água frias acima do cobrado pela norma”, explica. A empresa também mantém hortas comunitárias e áreas de descanso para todos.

O ajudante geral Hilário Oliveira Alves, que começou a trabalhar na construção civil há dois anos, conta que apesar da poeira e desta época seca e com calor extremo, alguns detalhes fazem a diferença. “É um privilégio trabalhar assim e entendemos que temos que cuidar o tempo todo”, comenta ele. A médica cooperada da Unimed Goiânia, Dra. Letícia Ferreira Neves Arantes, também sugere formas de minimizar os impactos prejudiciais do ar seco no organismo.

Dicas para proteger a saúde respiratória
Hidratação: Beba bastante água para ajudar a manter o corpo, especialmente as mucosas, úmidas e reduzir o desconforto causado pelo ar seco. A ingestão regular de líquidos também auxilia na manutenção da saúde geral e na proteção contra a desidratação.

Lavagem nasal: O ressecamento nasal causado pelo ar seco pode provocar desconfortos significativos, como ardência, irritação e até dificuldade para respirar. O soro fisiológico é recomendado para aliviar a secura nasal e limpar as vias nasais. Atualmente o mercado conta com produtos que podem ser utilizados em forma de spray ou solução para irrigação, ajudando a manter as mucosas úmidas e a reduzir a irritação. Há também a opção de se preparar o soro em casa, misturando uma pequena quantidade de sal não iodado em água morna previamente filtrada ou fervida.

Nebulização: A nebulização pode ser benéfica principalmente para crianças e idosos com sintomas respiratórios, pois ajuda a umidificar as vias aéreas, alivia a irritação, melhorando a respiração. No entanto, deve ser feita com orientação médica para garantir que seja adequada e segura.

Umidificador e bacia de água: Um umidificador de ar pode ser uma ferramenta eficaz para melhorar a umidade e aliviar o desconforto causado pelo clima, já que ajuda a tornar o ambiente menos seco e melhora a qualidade do ar que respiramos em casa. No entanto, é importante usá-lo corretamente e mantê-lo sempre limpo para evitar o crescimento de fungos e outros microrganismos.

Atividade física ao ar livre: Precisamos ter muito cuidado com a exposição ao ar livre nesse período, e evitar atividade física nos dias em que houver muita poluição suspensa no ar e nos horários de picos de queda da umidade relativa do ar. A exposição pode provocar acentuação do ressecamento das vias aéreas, desidratação e inalação de fumaça e fuligem, que em alguns casos, pode levar a crises respiratórias, especialmente em idosos, crianças ou pessoas com problemas respiratórios.

Prevenção: Devemos criar o hábito de nos preparamos com antecedência para enfrentarmos o inverno mais protegidos, lembrando de atualizar o esquema vacinal, com as vacinas de proteção do sistema respiratório disponíveis para cada faixa etária e/ou perfil pessoal. Justamente nesses meses ocorre significativo aumento da circulação viral, aumentando os casos de doenças respiratórias virais, que tem potencial para evoluir para pneumonia e que agravam os desconfortos provocados pelo clima desfavorável.

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